Muitas vezes problemas financeiros podem iniciar quadros de depressão levando até mesmo ao suicídio.Atualmente o número de inadimplentes no Brasil já chega quase ao 63 milhões, segundo últimos dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).Com o intuito de auxiliar essas pessoas e apoiar o “Setembro Amarelo”, campanha criada pelo Centro de Valorização à Vida (CVV) que tem o objetivo de prevenção ao suicídio, a DSOP Educação Financeira disponibilizará gratuitamente, até o dia 30 deste mês, o curso EAD“Como Quitar Suas Dívidas”. Esse pode ser o início de um caminho para quem está em desespero com a sua situação financeira, mas em casos mais graves, o indicado é sempre buscar ajuda médica especializada.O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, afirma que o dinheiro pode sim ter uma parcela de culpa na depressão, porém deve ser um meio e não o fim. “Sempre pode haver uma saída para quem está com problemas financeiros. Às vezes chegar ao fundo do poço financeiro pode ser a solução para poder recomeçar do zero e mudar definitivamente de vida”.Causas do desequilíbrio financeiroA facilidade de crédito e a falta de educação financeira são os principais aspectos para que as pessoas não respeitem o seu padrão de vida e acabem consumindo compulsivamente, sem conseguir sair dessa situação e se enrolando cada vez mais com as contas. Além disso, a relação conturbada as finanças pode mostrar que o dinheiro desenvolve um papel maior do que deveria na vida das pessoas.Os impactos desse desequilíbrio financeiro são muito mais amplos, atingindo não somente a pessoa que se descontrola, mas também a família, os amigos e até a empresa em que trabalha. Isso pode acontecer mesmo com aqueles que ganham bons salários, pois quanto mais se ganha, mais se gasta.Comprar com compulsividade pode se tornar uma válvula de escape para esquecer dos problemas, portanto voltar a ter sonhos e relacioná-los pode ajudar as pessoas a entenderem o conceito da educação financeira e a mudarem seus hábitos com relação ao uso do dinheiro. Uma pessoa que não tem seus objetivos bem definidos não vê sentido em poupar e, quando poupa, fica vulnerável a gastar com coisas supérfluas, consequentemente entra em dívidas.