Por | Paulo Paquera
Segundo levantamento feito pelo IBGE, 57% dos casamentos terminam em divórcio pela instabilidade financeira
Esse é realmente um dado alarmante porque a situação financeira deve, ou deveria, ser ponderada antes daquele “sim” ser dito na igreja ou no cartório, mas pelo visto parece que mais da metade dos pombinhos não fazem o óbvio.
Um casamento com Educação Financeira, vai além de aceitar os termos do padre ou pastor é equivalente a ticar aqueles quadradinhos que dizem: ”ao clicar aqui você está concordando com os termos”... e você nem sequer se deu o trabalho de saber com quais termos exatamente estava concordando.
A vida a dois é uma jornada, dormir e acordar com a pessoa amada é prazeroso, traz felicidade genuína, porém, como diz aquela frase famosa: amor não enche barriga e um casamento com Educação Financeira, fortalece a cumplicidade e parceria do casal.
Pois é, faz todo sentido, já que junto do matrimónio vêm também as obrigações da vida adulta. Pagar aluguel, financiamento da casa, carro, as compras do mercado, plano de saúde, o lazer, além dos imprevistos que acabam acontecendo eventualmente… e parece que eles acontecem sempre quando está apertado, não é mesmo?
Na cerimônia de casamento tem aquela parte clássica, onde é dito: “prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na RIQUEZA e na POBREZA, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe”, mas, entretanto, parece que para 57% dos casais, segundo o IBGE, este texto é anulado - junto ao matrimônio - na primeira crise financeira.
Caso esteja sentindo que está prestes a aumentar a porcentagem, não se entregue, existem muitas formas de solucionar os problemas financeiros familiares, e falarei sobre quatro delas agora.
1- CONVERSE ABERTAMENTE SOBRE DINHEIRO: o diálogo é um dos princípios básicos para ter um relacionamento saudável e duradouro e, dentro desse diálogo, o tema “dinheiro” precisa deixar de ser um tabu. É importante saber quanto cada um ganha, entender quanto dinheiro passam em suas mãos, mensalmente, e quais despesas individuais cada um possui. Feito isso, o próximo passo se torna mais simples.
2- COMO FAZER UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO: depois de entender o dinheiro que entra no orçamento familiar é hora de relacionar todas as despesas. O planejamento serve para gerar controle sobre os gastos, por isso é importante identificar e anotar desde o aluguel até o cafezinho depois do almoço. Após essa análise, fica mais fácil encontrar onde estão os excessos que devem ser cortados.
3- COMO CONSTRUIR UMA RESERVA FINANCEIRA: ao reduzir gastos desnecessários, automaticamente, vai sobrar mais dinheiro para guardar. Minha sugestão, coloque esse valor em um investimento seguro, como CDB por exemplo, mesmo que pouco, ele vai render mais do que a poupança. Faça isso religiosamente, todos os meses, assim vão construir uma reserva financeira saudável e nunca mais terão que se preocupar com imprevistos.
4- PENSE ANTES DE GASTAR: Depois da chuva de arroz na porta da igreja, você tem dois compromissos para honrar:
Primeiro: com sua esposa ou marido. Você se casou, seja fiel e faça seu par feliz.
Segundo: com a saúde financeira de casa.
Gastar é um impulso que gera prazer momentâneo a quem está fazendo as compras, por isso é importante manter o controle com gastos desnecessários, já que suas responsabilidades enquanto casal são muito mais importantes que os caprichos individuais.
Este é um exercício simples, mas muito eficaz, que ajuda a evitar despesas desnecessárias e a salvar seu casamento com Educação Financeira.
Claro que existem muitas outras formas para guardar dinheiro, poupar e, por fim, alcançar sua sustentabilidade, mas começando por essas três etapas já sentirá uma mudança significativa em sua vida financeira familiar.
Faça do dinheiro exatamente o que ele é: um meio de realizações de sonhos!
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