O Copom se reuniu e decidiu por um novo aumento da taxa básica de juros, mas qual o impacto da Selic no seu financiamento? Será que você realmente é afetado por esses reajustes? Acompanhe e saiba tudo sobre esse tema.
Por | Paulo Paquera
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, se reuniu no último dia 15 de junho e anunciou o reajuste da taxa básica de juros, a Selic, que passa de 12,75% para 13,25% ao ano, sendo o décimo primeiro aumento consecutivo. A taxa Selic atual, é a mais alta registrada desde o ano de 2016, quando chegou a 13,75%.
Os 0,5 pontos de aumento já eram esperados pelo mercado financeiro, que provisiona um novo reajuste no próximo encontro do Copom.
Esses aumentos, obviamente, possuem um objetivo estratégico, não é um aumento aleatório, como pode parecer.
E, como todo movimento de mercado, além do macro, existem impactos em diversas frentes, como investimentos e financiamentos.
Mas antes de explicitar o impacto da Selic no seu financiamento ou investimento, é preciso entender de fato o que é a taxa básica de juros.
Como mencionado, a Selic é a taxa básica de juros do Brasil. É ela quem direciona os movimentos do mercado, já que todos os investimentos e financiamentos são baseados nessa taxa.
A Selic funciona como um termômetro, para a condução da economia como um todo, influenciando diretamente no controle da inflação, por exemplo.
A cada 45 dias o Copom se reúne para discutir medidas para acelerar ou conter a inflação no país e utilizam a Selic para isso.
O principal objetivo é controlar e desacelerar o consumo, portanto, quando a taxa Selic sobe, os valores referentes aos créditos acompanham.
Com isso, a tendência é que as pessoas e empresas consumam menos produtos e serviços, empurrando os preços, naturalmente, para baixo.
Sendo assim, a taxa básica é utilizada como um instrumento estratégico para reduzir e controlar a inflação, já que impacta todos os bens de consumo.
Nesta altura do artigo, ficou claro que tudo acontece com base na Selic e, claro, as taxas do seu contrato de financiamento imobiliário, também.
Por isso, é extremamente importante estar atento às variações da taxa básica e se preparar para os aumentos – que são comuns –, criando uma reserva estratégica e poupando sempre que possível.
O descuido e o despreparo financeiro para receber os impactos dos reajustes podem ser determinantes para uma eventual inadimplência.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), em fevereiro, 76,6% das famílias brasileiras estavam endividadas, a maior porcentagem em 12 anos. 9,1% apontaram o financiamento imobiliário como principal dívida.
Entretanto, é importante saber que, mesmo a Selic sendo considerada para a composição das taxas do seu financiamento, ela não é aplicada na mesma proporção, já que isso seria um desastre para o mercado imobiliário.
No início de 2021, a Selic estava em 2% e chegou a 10,75% em apenas um ano. Enquanto os juros do crédito imobiliário subiram cerca de 2,4% no mesmo período.
Como tudo nessa vida, o aumento da taxa básica de juros tem sim seu lado bom, caso possua algum investimento, como Tesouro Direto ou CDBs pós-fixados atrelados ao CDI, passam a dar mais retorno financeiro.
Por isso, é importante, não apenas ficar antenado ao que acontece para se prevenir e se preparar, mas também para aproveitar as oportunidades de aumentar seus ganhos, através dos juros que são pagos por esses investimentos.
E aí, o que achou do artigo de hoje? Sabia que a Selic era tão influente dentro do cenário econômico brasileiro? Acompanhe as movimentações do mercado financeiro e fique sempre por dentro das novidades.