Muitos podem não saber, mas existem muitos tipos de inflação e cada uma delas afeta a economia com características diferentes. Hoje, você vai conhecer tudo sobre esse assunto e também entender em qual o Brasil se enquadra neste momento.
Por | Paulo Paquera
A inflação, para o cenário econômico, é o aumento geral dos preços, seja em bens de consumo, seja para serviços.
Quando ocorre o aumento inflacionário, representa que o dinheiro perde poder de compra. O que antes comprava XX, agora compra apenas X.
Ela é calculada a partir dos índices de preços, popularmente conhecidos como: Índices de Inflação.
Para compor o cálculo, são considerados os seguintes fatores:
Ou seja, cada setor da economia acaba sentindo as oscilações inflacionárias de forma diferente, por exemplo: quem possui um automóvel sente os preços elevados da gasolina. Quem come carne sente no aumento exponencial do alimento, e assim por diante.
Mas, claro, o Governo Federal, por meio do Banco Central do Brasil, está sempre com o olhar atento aos tipos de inflação, tomando medidas para controlar seu avanço.
A cada 15 dias, o Comitê de Política Monetária, o Copom, se reúne para discutir sobre o tema e tomar medidas, utilizando a taxa básica de juros (Selic), como principal ferramenta de contenção.
Mas vale lembrar que, os tipos de inflação, independentemente de quais sejam, são “um mal necessário” para manter a roda econômica girando a pleno vapor.
Quando a inflação para, significa que não há rotatividade econômica em um determinado país, afastando possíveis investidores e prejudicando a população com o desemprego. Você vai entender melhor mais abaixo.
É comum tratar o tema como algo generalizado, porém existem vários tipos de inflação, que são determinados de acordo com o desenvolvimento do país.
Ocorre quando com base na demanda x oferta, sendo uma das leis mais importantes da economia.
Ou seja, quando a procura total de bens de consumo ou serviços supera a oferta agregada, assim gerando aumento de preços.
Acontece quando os preços sobem devido ao aumento dos custos dos ofertantes, sendo ocasionados por diversos fatores, como: impactos climáticos ou gastos com energia e água.
Esse tipo de inflação está diretamente relacionado a deficiência na infraestrutura, que elevam - e muito - os custos de produção de um determinado insumo.
Geralmente ligada ao reajuste salarial dos trabalhadores, que, com mais dinheiro em mãos, acabam consumindo mais e, com isso, os produtores aumentam seus preços.
Praticamente todas as nações compram e vendem entre si no comércio internacional, que também está sujeito às leis da oferta e da procura. Se os custos produtivos aumentam, isso é refletido nos preços dos itens no comércio exterior.
Alguns eventos internacionais afetam a inflação global, como por exemplo, a pandemia e a guerra na Ucrânia.
É quase uma previsão de mercado, o que representa que os produtores e prestadores de serviços, reajustam seus preços temendo o impacto da inflação no seu negócio.
Esse movimento acontece regularmente e são freados apenas caso ocorra algum fator que estabilize e dê segurança a eles.
Esse tipo de inflação acontece por culpa do Governo. Já ouviu por aí a seguinte frase “é só imprimir mais notas”? Pois bem, como diria Newton, toda ação tem uma reação e, com a emissão de mais dinheiro, gera-se instabilidade e, consequente, inflação monetária.
A inflação reprimida se manifesta quando os governos adotam políticas de congelamento de preços ou determinação de preços máximos por produtos e serviços, gerando escassez.
Acontece quando a economia não acompanha os preços, que sobem desenfreadamente, mesmo que a população esteja consumindo menos.
O conceito de hiperinflação acontece quando há um claro descontrole e desequilíbrio inflacionário, fazendo com que os preços cheguem a níveis absurdos.
Temos dois grandes exemplos de inflação. O primeiro aconteceu aqui mesmo, no Brasil, lá nos anos 80, quando a inflação chegou a 80% ao mês - isso mesmo, ao mês.
O segundo exemplo é vívido, e pode ser observado pela situação econômica da nossa vizinha Sul Americana, a Venezuela.
E como bônus de informação, existe também a chamada deflação, que é quando os preços retrocedem.
O maior exemplo deflacionário que existe é o Japão, que sofre - pode parecer bom, mas não é - com essa situação.
Por fim, conhecendo todo os tipos de inflação que existem e como são calculados, podemos afirmar que, com base nos principais indicadores, IPCA e IGP-M, o Brasil enfrenta hoje as características de inflação de oferta e global, principalmente.
Entretanto, também é possível identificar pequenos traços de inercial e estrutural.
Agora que se tornou um expert no assunto, diga, o que fazer para se prevenir da perda do poder aquisitivo e manter seu poder de compra em dia?Conheça 4 formas sobre como combater a inflação e a perda do poder aquisitivo.