Após reunião do Copom, a taxa Selic voltou a crescer. Descubra como esse novo aumento da Selic impacta diretamente o seu dia a dia.
Por | Andréia Lima
A cada seis semanas o Comitê de política monetária (Copom) se reúne para definir qual vai ser a taxa básica de juros do Brasil ou seja a Taxa Selic.
Como mencionamos acima, a taxa Selic é a taxa básica de juros da nossa economia, ela serve como referência para o cálculo da maioria dos juros.
Com o aumento dessa taxa, todas as modalidades de crédito ficam mais caras, por outro lado, quando a taxa básica cai, as despesas dos bancos e das financeiras ficam mais brandas, o que leva a uma oferta de crédito mais barata no mercado.
Conforme a segunda reunião do Copom de 2022, ficou definido um novo aumento na Selic. A taxa subiu de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano.
Esse é o nono aumento consecutivo na taxa. Dessa forma, a Selic alcançou seu maior patamar desde abril de 2017.
O ciclo de aumento da taxa Selic acontece desde março do ano passado, quando os juros saíram da mínima histórica de 2% ao ano. Com a alta recente, a Selic registrou o maior nível em quase cinco anos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a Selic deve voltar a subir nos próximos meses.
A previsão é de que o juro básico suba para 12,5% ao ano no começo de maio e para 12,75% ao ano em meados de junho, permanecendo neste patamar até o fim de 2022
O principal objetivo desses aumentos contínuos na Selic é frear o consumo e tentar conter a inflação.
Assim, com o aumento dos juros, a tendência é que isso desestimule o consumo e, como consequência, que os preços baixem.
Sendo assim, o aumento da Selic nada mais é que uma estratégia para reduzir a inflação, já que ela impacta diretamente em tudo que consumimos.
Vale destacar também que a guerra entre Rússia e Ucrânia piorou a inflação no nosso país. Uma vez que as duas nações envolvidas são grandes exportadoras de grãos e petróleo.
Com isso, os insumos encarecem e faz com que também aumente os valores dos produtos que são produzidos com esses itens.
O aumento da Selic impacta em diversos investimentos, principalmente os de renda fixa.
Mas você pode se beneficiar desse aumento aplicando seu dinheiro em investimentos que usam a taxa como base para remunerar os investidores.
Os maiores favorecidos pelos ajustes são as ações pós-fixadas. Entre esses investimentos pós-fixados temos: tesouro Selic, CDBs pós-fixados (atrelados ao CDI), Letras de crédito imobiliário(LCI) e Letras de crédito do agronegócio (LCA) emitidos por bancos atrelados ao CDI.
E caso você escolha investimentos pós-fixados privados, por exemplo, CDBs de bancos, LCIs ou LCAs, é importante que esses títulos tenham taxa de rendimento igual ou superior ao CDI, pois eles têm um risco maior que as aplicações no tesouro direto.
Com o aumento da Selic, também existem oportunidades nos títulos atrelados à inflação ao longo de 2022.
Os títulos do Tesouro IPCA+, em especial os de curto prazo, com vencimento entre dois e três anos, poderão se beneficiar com a alta da inflação se forem levados até a data de vencimento.
As aplicações prefixadas, como o Tesouro Direto Prefixado, passaram a conceder maiores taxas de remuneração, maior do que 12%. No caso desse título, existe uma remuneração fixa até o dia de vencimento.
Indiretamente o aumento da taxa Selic afeta os investimentos de renda variável. Isso acontece porque as aplicações de renda fixa se tornam mais atraentes, fazendo com que esses investidores optem por fazer mudanças em suas carteiras.
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