A falta de condições financeiras é um dos principais motivos para que a maioria dos jovens não consigam ingressar no ensino superior. Na busca de reverter esta desigualdade e possibilitando aos jovens obterem o conhecimento com acesso aos cursos superiores, o Ministério da Educação (MEC), em 2001 concedeu o crédito estudantil com a chancela FIES – Financiamento Estudantil.Somado a isso, infelizmente ainda observamos as universidades estaduais e federais sendo ocupadas, em sua grande maioria, por jovens que tiveram a oportunidade de estudar em colégios de melhor qualidade. Mesmo com o sistema de cotas, na prática a maioria das vagas dentro das universidades públicas são preenchidas por estudantes de maior renda, enquanto os de baixa renda lutam para arcar com os custos de uma faculdade particular. Sendo assim, a dificuldade para conseguir bancar o valor das mensalidades leva às dívidas, inadimplência e consequentemente evasão escolar.Sempre gosto de afirmar que o financiamento estudantil é uma dívida de valor, ou seja, agrega um dos valores mais importantes na nossa vida, que é o conhecimento. Com o passar dos anos o acesso a esse instrumento de apoio à educação vem se aprimorando, mas é possível afirmar que essa é uma saída para todos estudantes que não tem condições para arcar com o ensino superior.Uma orientação para o jovem que já está ou pretende entrar no FIES e que também já esteja trabalhando é entender a importância de poupar, ou seja, guardar parte do dinheiro até a data estipulada para pagar a primeira parcela do financiamento e assim muito provavelmente conseguir quitar esse financiamento com os juros trabalhando a seu favor.
Acredito que o FIES é uma ótima ferramenta de mudança do nosso futuro, pois os jovens com benefícios como esse começam a ter acesso à instrução e à educação, sendo essa a mais importante ferramenta para desenvolvimento de nossa sociedade. Além disso, é importante utilizar esta oportunidade para que o jovem inicie o hábito de administrar o próprio dinheiro corretamente.