Por | Paulo Paquera
Ter problemas com finanças não é motivo para se envergonhar, certamente não é a primeira e muito menos a última pessoa a passar por isso. Pensando em agregar informação, preparamos este artigo para falar sobre Educação Financeirapara iniciantes.
A Educação Financeira para iniciantes não é uma ciência exata – na verdade, é o completo oposto. Podemos resumir que trata-se de uma ciência humana, que trabalha a mudança de mentalidade em relação ao consumo, ensinando a identificar o real valor das coisas.
Veja, a vida financeira do seu colega de trabalho não é a mesma que a sua, mesmo que exerçam exatamente a mesma função e recebam exatamente a mesma remuneração.
Por isso, é importante saber lidar com o dinheiro que se ganha e, ainda mais essencial para se tornar educado financeiramente, é saber lidar com o dinheiro que se gasta.
Sabe dizer quais são seus gastos mensais? Quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo? Se sim, quanto esses objetivos custam? Quanto tempo vai precisar para conquistá-los? Quanto vai precisar poupar para realizar seus objetivos e sonhos?
São muitos questionamentos, não é mesmo? Mas, acredite, uma pessoa educada financeiramente tem todas essas respostas na ponta da língua.
E mesmo que seja leigo no assunto, conhecendo e aplicando os quatro pilares da Educação Financeira em sua vida, você será capaz de dar um grande salto em direção à sustentabilidade e, porque não, independência financeira. Confira:
Diagnosticar: no sentido literal da palavra, como um paciente que visita o médico, é necessário fazer uma análise aprofundada em todos os âmbitos da sua vida financeira. Reúna sua família e crie uma planilha de controle financeiro, ou baixe a planilha DSOP:
Primeiramente, devem inserir todo o dinheiro que recebem mensalmente, pois esse será o ponto de partida para determinar o padrão de vida que será imposto ao final da análise.
Feito isso, devem anotar todos os gastos que tiverem dentro de um mês. Cada centavo deve ser considerado, assim poderão fazer um diagnóstico e identificar qual o destino do seu dinheiro e ter a real noção de como está sua situação financeira.
Sonhar: algumas pessoas se acostumaram com a frase “sonhar não custa nada”, mas essa é uma frase correta apenas para quem não possui ambições, planejamento ou Educação Financeira para realizar. Este pilar é considerado por muitos como o mais importante de todos, uma vez que as estradas só têm sentido se houver um destino.
O pilar sonhar não pode ser tratado como algo lúdico, mas sim, como um grande objetivo. Depois de diagnosticar a situação financeira, agora você tem margem para montar um bom planejamento, mas, antes de tudo é necessário ter uma direção e isso é sonhar com Educação Financeira.
Faça uma reunião familiar onde cada membro deve definir ao menos três sonhos, um de curto, um médio e um de longo prazo.
Orçar: sonhos postos à mesa, agora chegou a hora de pesquisar os melhores preços, orçar a maior quantidade de opções, negociar valores e chegar ao melhor preço possível.
Este pilar é importante para que você veja que consegue realizar seus sonhos, já que, depois de uma análise detalhada, conseguimos estabelecer valores e prazo para realizá-lo.
Poupar: e por fim, para nosso planejamento financeiro ficar completo, chegamos ao pilar que faz as coisas acontecerem de fato.
Vamos repassar os pilares anteriores para entender que todos eles convergem diretamente para este último.
Poupar é, em essência, deixar de gastar e existem muitas formas de fazer isso, seja identificando excessos, deixando de comprar algo que não precisa ou fazendo o dinheiro trabalhar a seu favor por meio de investimentos.
E chegando neste ponto do artigo, é possível afirmar que não é mais um iniciante no assunto. Aplique a Metodologia em sua vida pessoal e profissional e sinta a diferença que a Educação Financeira é capaz de fazer em sua vida.