Educar adultos financeiramente já é difícil. Imagine crianças! Já ficou sem graça quando seu filho ou filha pediu algo muito caro de presente e precisou dizer que “não” e ele ou ela "deu piti", esperneou ou parou de conversar com você por algum tempo?
Com certeza, foi uma sensação ruim. Mas como ajudar os filhos a entender o valor do dinheiro sem complicações?
"O segredo é atrair a curiosidade das crianças", diz Reinaldo Domingos, educador e consultor financeiro.
Domingos lançou recentemente o audiolivro "O menino do dinheiro" (Nossa Cultura, 2010), que conta a história de um garotinho que aprende a conquistar doces e brinquedos poupando valores.
O menino é filho do Sr. Desprevenido, um ferroviário, e de Dona Previdência, que vende bijuterias e perfumes de casa em casa, acompanhado do filho.
Na volta para o lar, a criança sempre pedia que a mãe comprasse balas e picolés, mas só ganhava um dos itens e não entendia o porquê.
Em seu aniversário de quatro anos, o garoto ganhou um cofrinho de presente. Dona Previdência ensinou que ele devia guardar ali as moedas que recebesse durante um ano.
No aniversário de cinco anos, o cofre foi quebrado e o filho percebeu que podia comprar um saco de balas, dois picolés e ainda guardar dinheiro.
Ele ganhou um novo cofrinho de presente e continuou poupando. Mais tarde, o menino entra na escola e conhece o professor Reimoney, que ensina a metodologia DSOP (Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar).
A história segue, orientando as crianças de forma lúdica e simples. Assim, elas entendem que podem alcançar um sonho se aprenderem a guardar um pouquinho da mesada todo mês, por exemplo.
Além das crianças, os pais também podem aplicar a metodologia DSOP, mas o educador sugere que os adultos leiam seu outro título, "Terapia Financeira" (Nossa Cultura, 2009).
O consultor financeiro explica ainda a importância de educar as crianças financeiramente.
"Nós viemos de gerações de pessoas e famílias endividadas e precisamos criar uma geração de indivíduos educados e independentes financeiramente". Comenta Reinaldo Domingos.
Para ele, a transformação dos hábitos e costumes é essencial na vitória contra o desequilíbrio financeiro, e os meninos e meninas já podem começar a vida financeira da maneira correta.
O livro "O menino do dinheiro" já foi adotado por várias escolas como material paradidático e para conhecer melhor essa obra, acesse o site www.dsop.com.br.
Neste primeiro passo, deve-se apontar as despesas diárias, especialmente as menores, pois são elas que produzem os maiores desequilíbrios financeiros nas casas.
Diga para seu filho anotar se ele comprou balas, figurinhas, entre outras pequenas coisas.
Ninguém vive sem sonho, porque é isso que nos move a realizar. O sonho tem que ter um valor e é necessário definir se ele será conquistado a curto, médio ou longo prazo.
A curto prazo, o pequeno pode ter uma bola, por exemplo.
Nesta etapa, é preciso subtrair o valor a ser gasto com o sonho da renda total e planejar redução de gastos para que o sonho seja adquirido.
Ajude a criança a fazer as contas e mostre o quanto sobra para outras coisas.
Separar um valor todo mês para a realização do sonho. Essa pode ser a parte mais difícil.
A Educação Financeira deve ser apresentada para as crianças desde cedo, para criar hábitos e costumes financeiros saudáveis desde cedo, para que no futuro, sejam adultos conscientes e sustentáveis.