Poupar dinheiro e comprar à vista com desconto é sempre a melhor escolha. Mas as dívidas são “companheiras” de 62% das famílias (segundo a Peic) e tê-las pode ser boa estratégia financeira. Contudo, é preciso ter certeza de que conseguirá pagá-las.Quem usa o cartão de crédito ou entra em financiamentos, por exemplo, cria uma dívida. O que não necessariamente é algo ruim, como muitos costumam pensar, desde que seja feito com consciência e planejamento.Muitos investidores possuem dívidas, como forma de proteger seu dinheiro, utilizando as facilidades do pagamento postergado a seu favor.A grande questão é que há dívida de valor e dívida sem valor. A primeira é o tipo de dívida que não há problema em ter, que agregam valor à vida e trazem resultados bons em curto, médio e longo prazo. Como comprar um imóvel, por exemplo.Já as dívidas sem valor são as que fazemos sem planejamento, adquirindo itens supérfluos, muitas vezes por impulso e compulsividade. Essa, certamente, só trará satisfação momentânea e acúmulo de dívidas.Não quero dizer com isso que ninguém deve ter dívida sem valor e sim que elas devem ser feitas com maior planejamento, para não comprometer as finanças e impedir conquistas maiores.O problema está em se tornar inadimplente, ou seja, não conseguir pagar essas dívidas. Muitos brasileiros fazem compras e, depois, na hora de pagar, percebem que não têm dinheiro necessário.Pode ser que apenas atrase uma conta, pagando juros pelos dias que passaram, e pague o mínimo do cartão de crédito ou pode ser que não pague nada por um bom tempo, podendo até ter o nome negativado no SPC e Serasa.Todo inadimplente tem dívida, mas nem todas as pessoas que têm dívidas estão inadimplentes. Com educação financeira, é possível manter as finanças em equilíbrio, mesmo com dívidas.