Por: YASMIN MIOR, FLORIANÓPOLIS
Via: ND+
Para educadores financeiros, a melhor solução é mapear um planejamento de gastos e controlar a verba que sai de seu bolso diretamente para o cartão de crédito
É quase senso comum entre a população que um dos maiores vilões nas contas de final de mês é o cartão de crédito. Entre uma comprinha e outra, não é somente a fatura que sobe, mas também os juros crediários que vêm com os famosos parcelamentos.
E é essa forma que o especialista em educação financeira, Reinaldo Domingos, adverte para uma maior chance de endividamentos caso não haja um bom planejamento financeiro na jogada.
Recentemente, com o aumento da taxa SELIC, os juros anuais dos cartões de crédito chegaram a 336,1% em agosto. Essa alta é 4,6% maior em comparação com o mês de julho. Em 2020, no mesmo período, a taxa SELIC era de 309,9% segundo o Banco Central.
O aumento, é claro, desfavorece os usuários, principalmente aqueles que utilizam com maior frequência do recurso por oferecer facilidade nas compras, inclusive por aplicativos de celulares.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência, realizada mensalmente pela Fecomércio SC, cerca de 74% dos catarinenses estão endividados com as faturas de seus cartões de crédito.
Entre o percentual, foram analisadas pessoas maiores de 18 anos, que possuem rendas entre menos de 10 salários mínimos e mais de 10 salários mínimos.
O resultado ajudou a sinalizar que idade e renda não são fatores de influência para contrair dívidas no cartão de crédito, conforme explica a Head Educacional na Nova Capital Investimentos, Luana Hohl Zunino.
“Normalmente a armadilha está em não ter o hábito de realizar um orçamento pessoal e o controle das receitas e despesas, aliado com a falta de educação financeira”, diz Zunino.
Ela explica que a situação faz com que as pessoas utilizem o cartão de crédito como uma extensão da sua renda, o que não poderia ser feito.
O ideal, conforme comenta Luana, é que os consumidores tenham recursos para pagar suas contas à vista, utilizando o cartão de crédito apenas como aliado em negociações, deixando seu uso para eventuais parcelas que sejam necessárias.
Reinaldo ressalta, nesses casos, a utilização de um planejamento financeiro. Para Luana, valores máximos precisam ser delimitados para serem utilizados no cartão, não comprometendo assim a renda da população.
Dessa forma, Ricardo separou algumas dicas para os usuários, a fim de facilitar o orçamento daqueles que ainda dependem – ou estão prestes a depender – dos cartões de crédito:
Por: YASMIN MIOR, FLORIANÓPOLIS
Via: ND+