Comprar imóvel é bom ou mau negócio?

Dinheiro à Vista
25/4/2022
Paulo Paquera

Na maioria das vezes comprar imóvel está diretamente ligado a realização de um sonho e também pode ser adquirido como investimento, mas a que custo vale a pena realizar esse sonho? E esse investimento, é mesmo um bom negócio? Você vai entender tudo neste artigo.

Por | Paulo Paquera

Quantas vezes você já escutou na vida “você precisa comprar imóvel para ter alguma coisa própria e não depender de ninguém”?

Pois bem, essa é uma frase comum no meio dos adultos e normalmente partem dos pais para os filhos, pensando em um futuro confortável para eles. Porém, a aquisição de um imóvel precisa de uma finalidade. 

Qual a finalidade para comprar imóvel

Enfim, não importa qual seja o agente motivador que justifique esse “passo à frente”. Na verdade, o que deve ser considerado é a real finalidade para a aquisição de um apartamento ou casa.

Mas veja bem: finalidade é diferente de motivo, ok?

Deve-se pensar que comprar imóvel é a realização de um sonho, de fato? Se olhar para dentro de si e chegar à conclusão de que todas as privações que passou até o momento de pegar a chave valeram a pena, então você tem uma ótima finalidade.

Entretanto, se já possui um imóvel e está pensando em comprar outro como investimento, cuidado! Você pode estar adquirindo um problema, não uma solução.

A aquisição de um imóvel é um bom investimento?

Quando se compra um imóvel, independentemente da sua configuração (apartamento, estúdio, casa ou comercial), ele pode ser considerado um investimento. Mas será que é um investimento bom?

Caso seja para moradia, é considerado um bem passivo, onde você não ganha dinheiro - muito pelo contrário -, mesmo depois de quitado ele dará gastos, considerando IPTU, condomínio e manutenção. Essa informação é óbvia, não é mesmo?

Mas o que você talvez não saiba é que, mesmo comprando um apartamento para locação, ele pode não ser considerado um bom investimento.

Pense que você é o proprietário de um imóvel, mas não consegue alugá-lo por algum motivo – uma situação mais comum do que você imagina –, logo as responsabilidades das despesas são suas, como condomínio, por exemplo.

Mas não apenas isso, mesmo depois de receber o valor do aluguel durante um contrato de 30 meses, muito provavelmente você será obrigado a fazer uma boa reforma para deixá-lo apto a receber novos inquilinos. Infelizmente, somente você cuidará do seu bem como ele merece.

Considere a região ao comprar imóvel

Esse é um ponto importante que quase ninguém leva em consideração: geralmente se adquire um imóvel pensando em evolução, se mudar para um bairro melhor.

Ao se mudar para um bairro com condições melhores, tudo à sua volta eleva o seu padrão de vida. A padaria, a gasolina, a escola, tendencialmente tudo será mais caro.

Opções de pagamento - débito ou crédito?

Existem três principais formas para se comprar um imóvel: à vista, consórcio ou financiado e cada uma delas possui suas particularidades, vantagens e desvantagens, se é que podemos chamar assim. Vamos lá.

À vista

Mais um mito que precisa ser derrubado. Caso você converse com alguém que não possui conhecimento em educação financeira, certamente essa pessoa dirá que “se tem o dinheiro à vista, compre à vista”.

Mas o mundo da educação financeira diz o contrário. Imagine-se na seguinte situação: o imóvel custa 300 mil reais, que é exatamente o valor que tem poupado. O que você faz, compra à vista ou não?

Bem, se respondeu que compra à vista, está errado. Em hipótese alguma você deve desfazer-se de 100% da sua reserva financeira de uma única vez.

Existe a necessidade de pensar estrategicamente e a curto/longo prazo. Se algo der errado no seu percurso, quem vai sustentá-lo até que as coisas entrem em ordem, é sua reserva financeira.

Então, é certo comprar à vista apenas se conseguir manter sua reserva financeira saudável. Exemplo: o imóvel custa 300 mil reais e sua reserva total é de 500 mil.

Consórcio

O consórcio é menos valorizado do que ele merece. Claro, se você precisa de algo a curto prazo, ele não é a melhor opção, a menos que conte com a sorte e seja contemplado rapidamente.

O ponto positivo desse tipo de investimento – sim, ele é considerado um investimento –, é a baixíssima taxa de manutenção, que em geral fica entre 1% e 2% ao ano.

E além disso, mesmo que seja o último contemplado, o valor da carta de crédito é atualizado conforme a inflação.

Financiamento

E, para finalizar a parte de pagamentos, temos os famosos financiamentos bancários. Para muitas pessoas essa é a única forma de adquirir sua casa própria, tanto por não possuir o recurso financeiro à vista, quanto por ter preconceito com o consórcio.

Após passar por uma avaliação de crédito, o banco permite o financiamento de até 90% do valor total do imóvel.

Os outros 10% são pagos como uma entrada, onde você pode utilizar o seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), caso julgue necessário.

Com certeza é uma opção mais rápida que o consórcio, já que a análise de crédito costuma ser bem rápida e simples.

O Governo Federal possui alguns programas de financiamento pela Caixa Econômica Federal, o antigo Minha Casa, Minha Vida, que passou a ser chamado de Programa Casa Verde e Amarela.

Afinal, devo ou não comprar um imóvel?

Adquirir um bem material é sempre uma realização para quem atinge seu objetivo, seja ele para investimento ou um sonho.

O que dirá se realmente é um bom negócio ou não, é a forma que você usará para chegar a este resultado. Tenha sempre uma finalidade clara e um plano bem traçado para tal.

Se este artigo ajudou a clarear um pouco as ideias em relação a este assunto, siga dentro desse universo das conquistas imobiliárias e assista ao vídeo abaixo.