Na maioria das vezes comprar imóvel está diretamente ligado a realização de um sonho e também pode ser adquirido como investimento, mas a que custo vale a pena realizar esse sonho? E esse investimento, é mesmo um bom negócio? Você vai entender tudo neste artigo.
Por | Paulo Paquera
Quantas vezes você já escutou na vida “você precisa comprar imóvel para ter alguma coisa própria e não depender de ninguém”?
Pois bem, essa é uma frase comum no meio dos adultos e normalmente partem dos pais para os filhos, pensando em um futuro confortável para eles. Porém, a aquisição de um imóvel precisa de uma finalidade.
Enfim, não importa qual seja o agente motivador que justifique esse “passo à frente”. Na verdade, o que deve ser considerado é a real finalidade para a aquisição de um apartamento ou casa.
Mas veja bem: finalidade é diferente de motivo, ok?
Deve-se pensar que comprar imóvel é a realização de um sonho, de fato? Se olhar para dentro de si e chegar à conclusão de que todas as privações que passou até o momento de pegar a chave valeram a pena, então você tem uma ótima finalidade.
Entretanto, se já possui um imóvel e está pensando em comprar outro como investimento, cuidado! Você pode estar adquirindo um problema, não uma solução.
Quando se compra um imóvel, independentemente da sua configuração (apartamento, estúdio, casa ou comercial), ele pode ser considerado um investimento. Mas será que é um investimento bom?
Caso seja para moradia, é considerado um bem passivo, onde você não ganha dinheiro - muito pelo contrário -, mesmo depois de quitado ele dará gastos, considerando IPTU, condomínio e manutenção. Essa informação é óbvia, não é mesmo?
Mas o que você talvez não saiba é que, mesmo comprando um apartamento para locação, ele pode não ser considerado um bom investimento.
Pense que você é o proprietário de um imóvel, mas não consegue alugá-lo por algum motivo – uma situação mais comum do que você imagina –, logo as responsabilidades das despesas são suas, como condomínio, por exemplo.
Mas não apenas isso, mesmo depois de receber o valor do aluguel durante um contrato de 30 meses, muito provavelmente você será obrigado a fazer uma boa reforma para deixá-lo apto a receber novos inquilinos. Infelizmente, somente você cuidará do seu bem como ele merece.
Esse é um ponto importante que quase ninguém leva em consideração: geralmente se adquire um imóvel pensando em evolução, se mudar para um bairro melhor.
Ao se mudar para um bairro com condições melhores, tudo à sua volta eleva o seu padrão de vida. A padaria, a gasolina, a escola, tendencialmente tudo será mais caro.
Existem três principais formas para se comprar um imóvel: à vista, consórcio ou financiado e cada uma delas possui suas particularidades, vantagens e desvantagens, se é que podemos chamar assim. Vamos lá.
Mais um mito que precisa ser derrubado. Caso você converse com alguém que não possui conhecimento em educação financeira, certamente essa pessoa dirá que “se tem o dinheiro à vista, compre à vista”.
Mas o mundo da educação financeira diz o contrário. Imagine-se na seguinte situação: o imóvel custa 300 mil reais, que é exatamente o valor que tem poupado. O que você faz, compra à vista ou não?
Bem, se respondeu que compra à vista, está errado. Em hipótese alguma você deve desfazer-se de 100% da sua reserva financeira de uma única vez.
Existe a necessidade de pensar estrategicamente e a curto/longo prazo. Se algo der errado no seu percurso, quem vai sustentá-lo até que as coisas entrem em ordem, é sua reserva financeira.
Então, é certo comprar à vista apenas se conseguir manter sua reserva financeira saudável. Exemplo: o imóvel custa 300 mil reais e sua reserva total é de 500 mil.
O consórcio é menos valorizado do que ele merece. Claro, se você precisa de algo a curto prazo, ele não é a melhor opção, a menos que conte com a sorte e seja contemplado rapidamente.
O ponto positivo desse tipo de investimento – sim, ele é considerado um investimento –, é a baixíssima taxa de manutenção, que em geral fica entre 1% e 2% ao ano.
E além disso, mesmo que seja o último contemplado, o valor da carta de crédito é atualizado conforme a inflação.
E, para finalizar a parte de pagamentos, temos os famosos financiamentos bancários. Para muitas pessoas essa é a única forma de adquirir sua casa própria, tanto por não possuir o recurso financeiro à vista, quanto por ter preconceito com o consórcio.
Após passar por uma avaliação de crédito, o banco permite o financiamento de até 90% do valor total do imóvel.
Os outros 10% são pagos como uma entrada, onde você pode utilizar o seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), caso julgue necessário.
Com certeza é uma opção mais rápida que o consórcio, já que a análise de crédito costuma ser bem rápida e simples.
O Governo Federal possui alguns programas de financiamento pela Caixa Econômica Federal, o antigo Minha Casa, Minha Vida, que passou a ser chamado de Programa Casa Verde e Amarela.
Adquirir um bem material é sempre uma realização para quem atinge seu objetivo, seja ele para investimento ou um sonho.
O que dirá se realmente é um bom negócio ou não, é a forma que você usará para chegar a este resultado. Tenha sempre uma finalidade clara e um plano bem traçado para tal.
Se este artigo ajudou a clarear um pouco as ideias em relação a este assunto, siga dentro desse universo das conquistas imobiliárias e assista ao vídeo abaixo.