Por que estudar o comportamento é importante para promover sustentabilidade financeira?

Comportamento Financeiro
5/10/2022
Podemos definir as Finanças Comportamentais como a área do conhecimento que estuda a relação entre razão, emoção e as escolhas relacionadas ao dinheiro.
Andreia Lima

Esse tema tem estado cada vez mais presente no mundo dos negócios, com a missão de entender como as pessoas cuidam do seu dinheiro.

E, é basicamente isso que as finanças comportamentais tentam desvendar. Afinal, muitas vezes, por mais que a pessoa saiba o que precisa ser feito para poupar ou negociar dívidas, ela simplesmente não consegue, não é mesmo?

Com certeza você já se perguntou como alguns ganham pouco e mesmo assim se programam para realizar sonhos, enquanto outros têm um bom rendimento e vivem endividados.

Isso costuma acontecer porque existem barreiras mentais que influenciam diretamente na nossa tomada de decisão em relação ao dinheiro.

E conseguir entender mais sobre essas barreiras é fundamental para conquistar a tão sonhada sustentabilidade financeira, ou seja, encontrar formas de usar os recursos de forma mais consciente, para, assim, ter uma gestão eficaz e encontrar a melhor forma de garantir a saúde financeira.

Outro ponto importante a ser observado é que, ao tomar atitudes ligadas à educação financeira, como o uso consciente do dinheiro, a redução dos impulsos consumistas e a reutilização de produtos, as pessoas também estão aderindo a comportamentos favoráveis ao meio ambiente.

A ideia é conseguir equilibrar renda e modo de consumo para encontrar formas de usar os recursos naturais de forma mais consciente. Interessante, não é?

Agora, conheça mais sobre essa área de estudo e sua importância para promover sustentabilidade financeira.

Afinal, o que são as Finanças Comportamentais?

Como já mencionamos, finanças comportamentais é uma área de estudos que busca entender as decisões que as pessoas tomam no âmbito financeiro, a partir da própria estrutura do comportamento humano e das suas motivações.

Assim, a área compreende as influências cognitivas, sociais e emocionais, baseadas no comportamento econômico das pessoas.

O estudo surgiu quando alguns pesquisadores perceberam que as explicações racionais não bastavam para justificar o comportamento humano quanto às finanças.

Isso porque, enquanto a economia tradicional sustenta que deve-se gastar menos do que se ganha para ter uma reserva de dinheiro, as finanças comportamentais buscam entender o motivo pelo qual essa reserva não é feita pela maioria das pessoas.

Afinal, como já mencionamos, é comum ver as pessoas gastarem mais do que sua receita, e, assim, não cumprirem prazos planejados como pagamento de contas fixas, por exemplo.

Assim, as finanças comportamentais surgem justamente para buscar esse entendimento sobre o equilíbrio entre a razão e a emoção na hora de usar as finanças.

Como funcionam as decisões financeiras?

Agora que já ficou claro que as finanças comportamentais não são baseadas somente na razão, o que interfere nas decisões financeiras?


Podemos citar alguns fatores, como: emoções primárias, influências sociais, crenças construídas ao longo da vida e padrões de comportamento.


Veja alguns padrões que aparecem nas decisões financeiras, mesmo que a pessoa não se dê conta deles conscientemente.


Excesso de autoconfiança:


O excesso de autoconfiança é extremamente prejudicial, já que o indivíduo não aceita ajuda nem opiniões contrárias, o que fatalmente o levará a cometer diversos erros.


Ele acaba se apegando somente a informações que confirmam suas estratégias e só vê as vantagens, se esquecendo de avaliar devidamente os riscos.


Aversão às perdas:

Estudos mostram que nosso cérebro costuma dar mais importância ao que perdemos do que ao que ganhamos. Isso explica boa parte da nossa aversão às perdas. Assim, a satisfação de se alcançar certo ganho é menor do que o sofrimento da perda correspondente.


Comportamento de rebanho:


Normalmente nos sentimos mais confortáveis quando seguimos o que as outras pessoas estão fazendo.


Ancoragem:

Funciona como uma referência. Não é o preço justo de um ativo, mas o preço que vale para aquele indivíduo. Abaixo dele está barato e, acima dele, caro. Não reflete as condições econômicas ou os fundamentos do ativo avaliado.


Contabilidade mental


Outro comportamento bem comum e que influencia bastante nos comportamentos financeiros é a contabilidade mental. Nela, é comum efetuarmos alguns cálculos rápidos de cabeça em vez de analisar a situação de maneira mais profunda. Isso explica gastos inesperados e dívidas assumidas sem pensar.

Por que estudar o comportamento é importante?


Compreender as finanças comportamentais é extremamente importante para promover comportamentos mais saudáveis em relação ao dinheiro.


Com base em técnicas de neurociência, é possível identificar o que está realmente motivando as tomadas de decisões que envolvem as finanças.


Além disso, após conhecimento sobre a área, você poderá analisar as situações de maneira mais racional, evitando erros causados pelos padrões de comportamento das emoções vistas anteriormente.


Dessa maneira, terá mais capacidade de auxiliar na resolução de problemas e organizar estratégias financeiras para alcançar resultados eficientes.


Assim, ao se tornar um especialista no comportamento humano e aprimorar sua capacidade analítica para tomar decisões baseadas em fatos e técnicas, você passará a administrar as emoções e crenças mais facilmente daqui para frente.


Agora que você viu como é importante entender sobre Finanças Comportamentais, que tal saber ainda mais sobre esse tema e aplicar esses conhecimentos na sua vida pessoal e profissional?


Descubra como promover comportamentos saudáveis e criar estratégias para alcançar os objetivos de seus negócios com a pós-graduação em Finanças Comportamentais da DSOP.