Morar sozinho é o desejo de muitos jovens adultos, mas para isso é preciso se organizar muito bem para não acabar endividado.
Por | Andréia Lima
Que morar sozinho pode trazer muitas vantagens em relação à privacidade, liberdade e independência, nós já sabemos.
Mas também não podemos deixar de levar em consideração que morar sozinho requer muita responsabilidade e que o peso das contas no orçamento, com certeza, é uma consequência que deve ser pensada antes da mudança.
Em 2019, cerca de 11,7 milhões de pessoas viviam sozinhas no país, o que corresponde a 16,2% dos lares brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Outra pesquisa, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra que oito em cada dez pessoas que moram só (79%) não se planejam financeiramente para viverem sozinhas.
E, 34% afirmam que morar sozinho contribui para que elas excedam o orçamento por alguns meses. A justificativa de metade deles é o fato de não ter ninguém para dividir as contas (49%).
Nesse sentido, saber o que é necessário levar em conta para montar um orçamento antes de sair de casa é uma etapa importantíssima para fazer uma mudança segura para o bolso.
O que mais impacta a vida da pessoa que deseja ir morar sozinha são as finanças. Por isso, é super importante ter uma reserva financeira para não passar apuros.
Além disso, precisa definir o tipo de imóvel e a região que você deseja morar, pois saber se a mudança acontecerá para uma casa, kitnet ou apartamento e onde vai estar localizado faz muita diferença no orçamento, portanto, não pule essa etapa.
Constantemente, o padrão de vida da região em que se mora com a família é bastante diferente do padrão do local escolhido. Isso precisa ser considerado na hora de planejar os gastos.
O ideal é se focar na localização que mais atenda às suas necessidades, como a região mais próxima do seu trabalho e perto de supermercados com bons preços.
Outro ponto importante é criar novos hábitos, pois muita gente acredita que morar sozinho é se livrar da rotina, mas isso não é verdade.
Essa nova rotina precisa ser bem estabelecida para que se possa cumprir com todas as responsabilidades que essa nova realidade pede. Caso contrário poderá esquecer de pagar uma conta, deixar os armários e a geladeira vazios ou se atrasar para um compromisso.
Ao sair do teto da família, a pessoa que vai morar sozinha se depara com gastos que antes não existiam e que proporcionavam a possibilidade de economizar um bom dinheiro.
Nesse sentido, é preciso ter uma boa organização sobre o orçamento financeiro para não perder o controle e acabar entrando no vermelho.
Comece analisando os gastos já existentes na residência atual e depois inserindo os novos gastos que surgirão ao ir morar sozinho. Desta forma será possível imaginar quanto cada item do orçamento irá custar tendo em vista o seu padrão de vida.
Tente levantar o valor exato do imóvel e tudo o que o envolve, o que é conhecido como custos recorrentes, que podem ser fixos ou variáveis.
Os itens indispensáveis que costumam compor o orçamento são: água, luz, energia elétrica, internet, tv por assinatura e IPTU.
Os custos fixos são aqueles pré-estabelecidos e que raramente sofrem mudanças e, quando isso acontece, elas são mínimas. Eles podem ser mensais, quinzenais e anuais, por exemplo.
Nem todos os gastos recorrentes são fixos, por exemplo, o aluguel é um gasto fixo porque raramente sofre alterações, como no caso de reformas, assim como o IPTU e IPVA.
Mas a energia elétrica, a água e a gasolina, por outro lado, são gastos recorrentes e variáveis, já que os valores mudam de acordo com o consumo do mês.
Muita gente se pergunta quanto custa morar sozinho. A resposta é: depende. Pois os principais valores são definidos pelas contas mensais, como mencionamos acima.
Mas é fato que as atitudes e hábitos de consumo do morador também contribuem para os gastos totais.
Além das orientações já mencionadas para atingir o objetivo de morar sozinho sem estourar o orçamento, existem algumas mudanças simples, porém, de extrema importância e que também podem ajudar a economizar, como:
- Investir em lâmpadas eficientes, como as lâmpadas fluorescentes ou de LED;
- Priorizar produtos com selo Procel A, pois essa certificação é dada para os modelos com os melhores níveis de eficiência energética;
- Fazer uma lista de compras de supermercado ajudará a manter o foco somente no que é realmente necessário, evitando desperdícios e gastos desnecessários;
- Tirar aparelhos sem uso da tomada, desligar a televisão e outros aparelhos sem uso é uma ótima estratégia para reduzir o consumo de energia.
Esse planejamento antes da mudança é essencial para quem quer morar sozinho, pois com o conhecimento de tudo que vai gastar e com reservas de segurança, você se livra das preocupações e curte mais esse momento.
E, para te ajudar com essa etapa super importante da vida, separamos uma planilha gratuita para inserir suas receitas e despesas. Dessa forma você terá controle de suas finanças mensalmente.