O bolsa família e o auxílio emergencial foram criados como medidas governamentais para ajudar a população carente a ter condições mínimas de superar as adversidades, porém apenas o dinheiro não resolve os problemas, é necessário saber o que fazer com ele.
Por | Paulo Paquera
O Governo Federal Brasileiro estuda, constantemente, formas de ajudar a melhorar a vida das pessoas menos favorecidas do nosso país.
E por diversas vezes a solução encontrada por quem está no poder, é dar dinheiro a população por meio de programas sociais. Foi assim quando foram criados os benefícios do Bolsa Família e Auxílio Emergencial.
Todo mundo precisa de recursos financeiros para sobreviver, claro, mas, dar dinheiro a partir de um cadastro seria a solução mais inteligente para realmente melhorar a vida das pessoas?
Como diz o ditado: é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe, porém, o que acontece por aqui é o extremo oposto, não é mesmo?
O artigo de hoje foi feito para ajudar a mudar a sua forma de pensar em relação a este dinheiro que “vem de graça”.
Já que, saber o que fazer com esse recurso, é de extrema importância para quem, de fato, depende dele para sobreviver.
O programa do Bolsa Família foi criado no ano de 2003 pelo então presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, registrado como Lei n° 10.386/2004.
Sendo responsável por unificar os programas existentes à época, como: Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio Gás e o Programa Nacional de Acesso à Alimentação.
As famílias precisavam se cadastrar através do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), para conquistarem o direito à transferência do recurso do bolsa família.
Lá no longínquo ano de 2003, as regras para ser contemplado levavam em consideração a renda per capita de até R$ 100,00. Sendo o maior benefício concedido no valor de R$ 50,00.
Com o passar dos anos, esses valores foram corrigidos. Em 2020, o programa considerava famílias extremamente pobres, com renda até R$ 89,00 por pessoa e pobres, com renda entre R$ 89,00 e R$ 178,00 por pessoa.
Considerando essas duas faixas econômicas, os benefícios pagos eram então de, até R$ 205,00 para famílias extremamente pobres e R$ 89,00 para famílias pobres. Esse valor pode variar de acordo com o número de dependentes que determinada família possui.
Em novembro de 2021, o programa Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Brasil, novo programa do Governo Federal.
O objetivo é basicamente o mesmo, porém, conta com um poder financeiro superior ao antigo programa, onde o valor mínimo pago aos beneficiários é de R$ 400,00.
O Auxílio Brasil conta com mais de 17 milhões de famílias, superando o Bolsa Família em, pelo menos, 2,5 milhões de cadastros.
Todas as famílias que recebiam auxílio pelo Bolsa Família foram migradas automaticamente para o novo Programa.
Para receber pelo Auxílio Brasil a família deve estar em uma situação considerada de pobreza, onde a renda por pessoa esteja entre R$ 100,01 até R$ 200,00 por pessoa.
Além disso, é necessário que haja gestantes, mães em período de amamentação, crianças, adolescentes ou jovens até 21 anos.
O Auxílio Emergencial surgiu de uma calamidade pública, que assolou nosso país de uma forma sem precedentes.
A queda da renda mensal da população é causada pelos efeitos da pandemia, com demissões em massa e empresas chegando ao limite, precisando fechar suas portas.
Devido ao cenário assustador e sem perspectiva, o Governo Federal, disponibilizou ao povo o direito ao Auxílio Emergencial de R$ 600,00 mensais.
Este foi um benefício temporário direcionado aos desempregados, trabalhadores autônomos e informais.
A renda extra permitiu que milhares de famílias mantivessem o mínimo de dignidade, enquanto a economia respirava por aparelhos.
Hoje, após dois anos do início da pandemia global, as coisas estão se estabilizando aos poucos, mas ainda há quem recebe e depende desse dinheiro para se manter.
Neste ano, ainda serão pagas cinco parcelas, totalizando R$ 3.000,00, repassados aos beneficiários.
O Bolsa Família e o Auxílio Emergencial foram e são, com certeza, de grande ajuda, mas, será que apenas a transferência de recurso é o suficiente para fazer uma real diferença na vida das pessoas? Definitivamente, não.
Segundo Reinaldo Domingos, presidente da ABEFIN e mentor da Metodologia DSOP, o recurso financeiro é apenas um meio para realizações de objetivos maiores, de sonhos.
Ao receber o benefício do Bolsa Família e Auxílio Emergencial, o beneficiário precisa entender, junto a sua família, quais seus gastos mensais e se existe a possibilidade de cortar algum deles, se adequando ao valor que entra no orçamento familiar.
Domingos falou com exclusividade para o Diário do Nordeste onde, como de costume, deu uma verdadeira aula sobre como a Educação Financeira muda a vida das pessoas e como adaptar o padrão de vida para ter uma vida financeira mais saudável.
E aí, você recebeu ou conhece alguém que recebeu o Bolsa Família - atual Auxilio Brasil -, bem como o Auxílio Emergencial? Caso sim, conheça mais sobre Educação Financeira e mude sua vida apenas adaptando seu comportamento a um novo modelo mental.