Por | Andreia Lima
Você costuma fazer suas compras à vista ou no crediário? Caso sua resposta tenha sido no crediário, muito cuidado com as armadilhas que esse sistema de venda a crédito pode esconder.
Isso porque, muitas vezes, na hora da compra, o consumidor não é informado sobre o que realmente está contratando. Alguns estabelecimentos embutem garantia estendida, seguro de vida, entre outras taxas e gastos.
Além disso, o consumidor precisa estar sempre atento aos juros que está pagando. Por isso, é extremamente importante fazer uma boa pesquisa antes de adquirir aquele tão sonhado produto.
Apesar do total de endividados no país ter recuado 0,2 ponto percentual (pp) em janeiro em relação ao mês anterior, ficou em 76,01%. Na comparação anual, no entanto, o indicador subiu 9,6 pp.
O resultado de janeiro ocorreu após 13 meses de alta. Os números estão na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a CNC, o número de brasileiros endividados bateu recorde histórico no levantamento feito pela entidade desde 2010.
Em julho do ano passado, eram 71,4% do total dos consumidores que carregavam alguma dívida, segundo a Peic.
De acordo com a entidade, os números são reflexo de uma junção de fatores ruins da economia.
A equação inclui o momento de inflação elevada, a redução dos estímulos sociais criados durante a pandemia do coronavírus e os altos níveis de desemprego. Esses são pontos que diminuem o poder de compra e depreciam os orçamentos domésticos.
Com a deterioração da renda, o uso do cartão de crédito subiu bastante, chegando a 82,7% do total de famílias com dívidas, mais uma máxima histórica da pesquisa.
Para evitar que você se veja nesse ciclo vicioso, onde se encontra milhares de famílias em nosso país, é importante tomar alguns cuidados ao fazer um crediário.
Ao comprar a prazo, você está contraindo uma dívida que deverá ser paga num período predeterminado.
Nessa hora é preciso ter muita atenção e cuidado, pois quando se parcela um determinado valor de um produto, além de pagar pelo que se está comprando, o consumidor também pagará pelo prazo que lhe está sendo concedido.
São os tão temidos juros, único fator que estimula a concessão de crédito.
Em outras palavras, a compra a prazo não é vantajosa, já que os juros cobrados fazem com que o consumidor pague mais que o valor real do produto que está adquirindo.
Portanto, é muito importante ter cautela na hora da compra. O ideal é sempre que possível pagar à vista, negociando um desconto no preço oferecido.
Algumas lojas anunciam produtos com juros embutidos para estimular o consumidor a pagar parcelado. Desta forma, eles podem efetivar a venda a prazo afirmando que o valor cobrado é o mesmo que o valor à vista. Trata-se de uma forma de ludibriar o consumidor.
Com certeza você já deve ter escutado de alguém próximo que a única forma para obter o que deseja é pagando seus bens de forma parcelada. Mas será mesmo?
Talvez o que esteja faltando nesse caso é um simples planejamento de gastos. Criar objetivos, de forma clara e consistente, vai fazer com que seja cada vez mais difícil se expor a compras por impulso.
Experimente definir metas de consumo para organizar melhor a sua vida financeira.
Uma planilha de controle de gastos também pode ser uma ótima aliada. Com ela, é possível organizar o orçamento com mais precisão, além de decidir em quais áreas você pode economizar. Clique aqui e faça o download gratuito de planilhas da DSOP e aproveite ao máximo nossas ferramentas.
Por exemplo, sabe aquele produto que você está de olho há algum tempo? Então, experimente comprá-lo só depois de ter poupado o valor total do mesmo e, desta forma, ir à loja negociá-lo à vista.
Contudo, se não for possível fazer esse tipo de planejamento. Apenas atente-se na hora da compra a prazo e verifique se o valor do produto não está muito maior.
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